Lygia Bueno Fragoso é fonoaudióloga graduada na Universidade Federal de Minas Gerais com mestrado em bioengenharia na UFMG. Experiência em audiologia, linguagem infantil e adulto, voz e motricidade orofacial em consultório particular, atendimento domiciliar, APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família).
Terapia Fonoaudiológica: Estimulação do Fonema /l/
Pistas sensoriais para trabalhar o fonema /l/ com o paciente: Visual: Boca entreaberta e ponta da língua elevada. Solte a língua emitindo os sons do la, le, li, lo e lu. Tátil: Ponta da língua toca no alvéolo superior na borda dos incisivos superiores e a parte posterior da língua sem contato e com livre passagem de ar pela lateral. Dicas para a terapia do fonema /l/ ficar mais interessante: 1. Use espelho para o paciente imitar o modelo do terapeuta; 2. Utilize gelatina em pó, creme de chocolate ou espátula para indicar onde a língua encosta; 3. Treine elevação de ponta de língua;
4. Use trava-línguas:
“Lalá, Lelé e Lili,
E suas filhas,
Lalalá, Lelelé e Lilili,
E suas netas,
Lalelá, Lelalé e LeLali,
E suas bisnetas,
Lilelá, Lalilé e Lelali,
E suas tataranetas,
Laleli, Lilalé e Lelilácantavam em coro:
LALALALALALALALÁ.”;
“Larga a tia, lagartixa!
Lagartixa, larga a tia!
Só no dia que sua tia Chamar lagartixa de lagartinha! “;
5. Não permita grande abertura da mandíbula; 6. Abra a boca e encoste a língua no lábio superior. Solte a língua e emita la, le, li, lo e lu. Depois faça o mesmo encostando a ponta da língua atrás dos dentes superiores e emita la, le, li, lo e lu;
7. Use atividades lúdicas que contenham palavras, frases ou expressões que trabalham o fonema /l/ para automatização, como ligar as figuras nos seus respectivos nomes, dar sequencia numa história, etc;
8. Faça atividades que trabalhem a consciência fonológica e a consciência sintática com o fonema /l/;
9. Treine a leitura e a compreensão de textos que utilizam o fonema /l/;
10. Bombardeamento auditivo: Use o fonema /l/ no início e meio das palavras, bem como em frases. Utilize instrumentos para amplificar o som que chegará no ouvido do paciente.
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Referências: Mota HL. Terapia fonoaudiológica para os desvios fonológicos, 2001. Revinter Nascimento, L.C.R, 2009. Brincando com os sons: jogos para a terapia dos distúrbios articulatórios. Pró-Fono.
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